google.com, pub-9626352403045660, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Evolução e tendências do setor de transportes

Evolução e tendências do setor de transportes



Abordaremos um dos maiores gargalos ao pleno desenvolvimento brasileiro, que é a falta de infraestrutura do nosso sistema de transporte. Hoje não basta produzir. É indispensável por a produção em movimento, pois agora é a circulação que preside à produção. 


 No período colonial a interiorização se deu seguindo o vale dos rios – em especial na Amazônia. A ligação entre as diversas áreas produtivas e áreas consumidoras se davam pelo uso do sistema aquaviário. 


 A expansão da cana-de-açúcar dependia da navegação (fluvial e costeira) e do transporte terrestre (carruagem e montaria) para interligar as zonas produtivas aos portos que se ligavam com o exterior. Assim, após a instalação econômica de uma região é que se instalavam os sistemas de transportes. Basta observamos o caso do café.


Mapa Ferroviário de São Paulo


Bacia de drenagem da produção de café 

Após a revolução industrial na Europa começa a expansão das ferrovias pelo mundo e elas chegam ao nosso país na 2ª metade do século XIX (1854 – com o Barão de Mauá). Este sistema de transporte estava baseado na ligação do interior (área de produção) ao litoral (porto de exportação) devido a relação econômica da colônia X metrópole. O espaço produtivo estava subordinado ao comércio da Europa, daí a organização dos meios de transportes em forma de uma "bacia de drenagem" visando escoar a produção para o mercado externo. Essa mesma rede de transportes possibilitava o abastecimento das áreas produtivas com produtos manufaturados e industrializados vindos do exterior. 

Deste modo, analisando essa característica da economia nacional observamos a formação de “ilhas econômicas” no país. O traçado das ferrovias não possibilitaram criar uma interligação inter-regional do país, o pouco que se conseguiu foi estabelecer uma ligação intra-regional da região sudeste. 

Ainda podemos verificar que o avanço dos meios de transportes segue a lógica do avanço tecnológico. Após a revolução industrial, o emprego do da propulsor a vapor e da ferrovia (séc. XIX) e, posteriormente, com a popularização do automóvel e dos avanços da aviação o mundo parecerá menor devido o aumento da eficiência dos meios de transportes. O espaço vai ganhando novas velocidades e fluidez com o avanço técnico empregado no transporte em geral.

Transporte Internacional 

O Brasil, em virtude de sua situação geográfica, mantém historicamente acordos de transporte internacional terrestre, principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul. Com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa o acordo está em negociação. 

O Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre entre os Países do Cone Sul, que contempla os transportes ferroviário e rodoviário, inclui Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai. Entre Brasil e Venezuela refere-se apenas ao transporte rodoviário. O mesmo ocorrerá com a negociação que está em andamento com a Guiana. 

O Mercado Comum do Sul - Mercosul, que é um Tratado de Integração, com maior amplitude entre, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, absorveu o Acordo de Transportes do Cone Sul. 

Tais acordos buscam facilitar o incremento do comércio, turismo e cultura entre os países, no transporte de bens e pessoas, permitindo que veículos e condutores de um país circulem com segurança, trâmites fronteiriços simplificados nos territórios dos demais. 

No caso do Mercosul, já se atingiu estágio mais avançado com a negociação e adoção de normas técnicas comunitárias. 

A evolução dos transportes internacionais terrestres se faz através de negociações conjuntas periódicas visando atender as crescentes necessidades das partes, pela incorporação dos avanços tecnológicos e operacionais, pelo maior grau de segurança e pela maior agilidade dos procedimentos aduaneiros e imigratórios. 

Assim, o mercado de movimentação dos fluxos internacionais de bens e pessoas torna-se cada vez mais dinâmico, competitivo e seguro, para as empresas nacionais dos diferentes países. Ressalte-se que o transporte terrestre doméstico de cada país não pode ser executado por empresas estrangeiras. 

Complementarmente aos acordos básicos citados, têm sido estabelecidos acordos específicos no Mercosul, como o de Transporte de Produtos Perigosos e o Acordo sobre Trânsito.

Custos dos transportes 

Relação tempo X custos são inversamente proporcionais. 


O transporte não pode encarecer o preço do produto de modo que o produto perca a competitividade no mercado.

Prezado candidato, o “Custo Brasil” é o custo de se produzir no Brasil. O Custo Brasil é um termo genérico, usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no Brasil, dificultando o desenvolvimento nacional, aumentando o desemprego, o trabalho informal, a sonegação de impostos e a evasão de divisas. Por isso, é apontado como um conjunto de fatores que comprometem a competitividade e a eficiência da indústria nacional. O sistema de transporte brasileiro com todos os seus problemas estruturais diminui nossa competitividade no cenário internacional como, por exemplo, o Brasil possui 55 portos, o de Santos, responde sozinho por 25% das exportações realizadas no país. Um container para sair do Brasil demora em média 7 dias, ao passo que o padrão internacional dura em média entre 1 e 2 dias. A documentação desse mesmo container passará por 24 órgãos do governo, ou seja, muita lentidão e muita burocracia. 

A instalação de infraestrutura de transportes exige grandes somas de capital e tem retorno a longo prazo não sendo desta forma atrativo para a iniciativa privada. Neste sentido o Governo tem que balancear os investimentos em transportes com o DÉFICIT PÚBLICO devido a composição e comprometimento do PIB com a dívida do Estado. 

O governo aprovou a lei da PPP – Parceria Público-Privada (Projeto de Lei 2546/03) no sentido de aumentar os investimentos buscando fazer parcerias com a iniciativa privada. 

Infraestrutura receberá R$ 300 bilhões do PPP. 

Apesar do interesse do Estado em criar condições para atrair o capital privado para o setor de infraestrutura isso não aconteceu. Outros problemas, entre os quais a falta de regulamentação e a grande internacionalização de nossa economia, impediram que essa iniciativa tivesse êxito nesse momento no país. 

A saída do governo foi lançar uma nova fase de investimentos estatais para ampliar e garantir a modernização do setor de infraestrutura, como já havia feito em outros tempos no país. Esse modelo de estado impulsionador da economia, que investe em setores menos rentáveis e cria condições para novos investimentos em setores mais rentáveis, realizados pela iniciativa privada. 

Transportes eficientes, modernos, baratos atraem as indústrias, se temos diferenças no serviço logo teremos também a opções por localidades nas quais é mais bem servido de infraestrutura. É o caso da região SE e Sul (região concentrada) que atrai as indústrias devido apresentar a melhor e maior densidade viária.

O modelo ideal de transporte deve interligar todos os modos de transportes, ou seja, estações intermodais, dando prioridade para: 

  • pequenas distâncias – transporte rodoviário 
  • grandes distâncias   – hidroviário e ferroviário 
  • cargas rápidas   – transporte aéreo. 

AS FERROVIAS 


Em 1854, ocorreu o estabelecimento da 1ª ferrovia, pelo Barão de Mauá, tinha 15 Km e ligava a Praia da Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da serra de Petrópolis – RJ. 

A expansão das ferrovias coincide com o avanço da produção cafeeira que iniciou no RJ e vai à direção de SP via Vale do Paraíba e posteriormente se expande para o oeste paulista. 

O período de maior expansão ferroviário foi entre 1870 e 1920, período que passou de 745 km para 28535 km, coincidindo com a fase áurea da cafeicultura. 

Após 1930, com a crise do café, o ritmo de expansão das ferrovias diminuiu. De 1920 a 1960 construíram menos de 10000 km e ainda, desde a época do café, as ferrovias concentravam-se nos estados do SE. 

No NE os desenhos mais ou menos retilíneos interior - litoral são predominantes. Algumas ferrovias se complementam com trechos que unem as cidades de função política, econômica e portuárias mais importantes. 

Na Região Norte os sistemas ferroviários são especialmente especializados e voltados para o escoamento da produção de minérios. 

O exemplo da E F Amapá - transporte de manganês e E F Carajás - transporte de minério de ferro. 

No SE e Sul o sistema ferroviário leva os produtos aos portos cumprindo a função de escoamento da produção. A E F Vitória - Minas e E F Central do Brasil, especializadas no transporte de ferro estão ligadas ao porto de Sepetiba (1973) que foi criado para atender o complexo industrial de Santa Cruz (RJ).

A desativação de ramais antieconômicos fez com que a rede ferroviária sofresse um recuo no país. No ano de 1992 estavam em operação 30.282 Km, mostrando que a lógica do negócio petroleiro e das rodovias implantado a partir da década de 1950 havia afetado o sistema ferroviário. Contudo, quanto às cargas, o uso das ferrovias foi crescente, passou de 44.846 toneladas em 1960 para 235.105 toneladas em 1990. A composição das cargas em 1994 era de 34,4% de minério de ferro, 11,3% de produtos siderúrgicos e 5,6% de carvão. 

Dificuldades para a expansão da rede ferroviária no país: - custo de instalação; - menor flexibilidade; - requer terminal de cargas. 

Prezado candidato, verificamos que como a construção se deu para atender às necessidades do modelo agrário exportador, as ferrovias estavam direcionadas no sentido interior – litoral para escoar a produção agrícola e que as ferrovias não serviram para integrar as diversas regiões do país.

Questões da decadência das ferrovias 

a) diferenças das bitolas dificultam a integração das ferrovias 

b) desde a década de 1930, quando a economia começava a se transformar de agroexportadora em predominantemente industrial, alterando com isso os tipos de cargas, as ferrovias não foram estruturadas para atender com a mesma rapidez e eficiência a essa nova realidade do país. 

c) elevados custos da implantação desestimulando o investimento particular. 

d) elevados déficits operacionais, material rodante obsoleto, administração ineficiente e morosidade no transporte. 

Observe que deve ficar claro que as ferrovias já tiveram maior importância no Brasil. De 1950 até 2005 houve um decréscimo de quase 10 mil Km nas ferrovias brasileiras. A grande época do transporte ferroviário coincidiu com o auge do cultivo de café, estendendo-se do final do século XIX até meados do século XX. A partir daí, com o progressivo desenvolvimento da indústria automobilística, as ferrovias entraram em crise. Elas continuaram a ser constituídas apenas em áreas e projetos especiais como para transportar minérios da Amazônia até o porto de Itaqui, no Maranhão ( Estrada de ferro Carajás), a Ferrovia Brasília- Maranhão. Existem alguns projetos em implementação como: a Transnordestina, Ferronorte e Ferroeste, todas iniciadas, mas ainda incompletas por causa da falta de verbas. 

O Estado esteve sempre atuante no sistema de transportes do país, com maior ênfase após a década de 1930, devido à intervenção do governo na economia com forte atuação como empresário no setor produtivo e ainda hoje como indutor da economia. Dessa forma, verifica-se que o sistema ferroviário sofreu um intenso processo de ESTATIZAÇÃO, com a criação da RFFSA – Rede Ferroviária Federal SA (1957) e da FEPASA – Ferrovias Paulista SA (1971). 

Após longo período de intervenção a lógica da economia globalizada exigiu uma nova postura do Estado que iniciou, na década de 1990, uma fase de PRIVATIZAÇÃO. Desde 1996, grande parte da malha ferroviária foi repassada por concessão à iniciativa privada, principalmente aquelas relacionadas com o transporte de cargas. 

A inclusão da Rede Ferroviária Federal S.A. no Programa Nacional de Desestatização através do Decreto n.º 473/92, propiciou o início da transferência de suas malhas para a iniciativa privada, durante um período de 30 anos, prorrogáveis por mais 30. Esse processo também resultou na liquidação da RFFSA, a partir de 07/12/99.


A falta de planejamento para o desenvolvimento de um modelo multimodal de transportes permitiu a especialização das ferrovias no Brasil. Veja algumas ferrovias e suas especializações.

Minério: 

  • Estrada de Ferro Carajás 
  • Estrada de Ferro Vitória‐Minas 
  • Estrada de Ferro Amapá 
  • Estrada de Ferro Trombetas 
  • Ferrovia do Aço. 

Carvão:

  • Estrada de Ferro D Tereza Cristina 

Recentemente as ferrovias tiveram aumento no transporte de ferro (34,4%) seguido pelos produtos siderúrgicos (11,3%) e pelo carvão mineral (5,6%). 

Na década de 1970 as ferrovias paulistas transportavam milho, trigo, café, cimento, madeira, adubos e açúcar, em 1990, 37,8 % eram combustíveis, 12,9% soja e farelo de soja, 9,1% de trigo, 7,8% de cimento. 

No sistema Nordeste as ferrovias estavam destinas ao transporte da cana-de-açúcar e de açúcar (44,7%). No sistema Centro o transporte de minérios entre Belo horizonte e Volta Redonda representava 47,3% do movimento. No sistema Centro-Sul a E F Santos - Jundiaí e a E F Noroeste (Bauru - Corumbá), juntamente com as ferrovias estaduais transportam ferro, adubos, óleo diesel, algodão e café. O sistema Sul era responsável por fluxos de grãos e carvão. A ferrovia Sul Atlântica com 6300 Km transporta fertilizantes e insumos, soja e derivados de soja, óleo diesel, areia e cimento.

Ferrovias como instrumento de Geopolítica 

As ferrovias, além de seu papel de transporte e de integração regional, cumprem importante função geopolítica aumentado o fluxo de mercadorias e ampliando as relações com países vizinhos. 

Há um caso interessante a se comentar: a malha ferroviária soviética tinha bitola diferente da malha ferroviária europeia com medida de segurança para ambas partes. A diferença na bitola impedia que um dos lados tivesse a possibilidade de invadir o território com facilidade. 

Transporte urbano 

Em 1974 teve o início do transporte metroviário com a inauguração da linha norte-sul (Santana – Jabaquara) na capital paulista. O transporte de passageiros se dá no fluxo dos trens suburbanos e construção do metrô. O trabalhador cada vez mais distante do trabalho tem necessidade de transporte mais eficientes devido a saturação da infraestrutura das cidades que sofrem com o aumento dos engarrafamentos. 

Do mesmo modo verificamos que no transporte interurbano prevalece o transporte rodoviário. 


TRANSPORTE RODOVIÁRIO 


Na segunda metade do século XX as estradas contribuíram para ligar as diversas regiões entre si. 

A rede brasileira passou de 302147 Km em 1952, para 1.657.769 Km em 1995, com grande crescimento na década de 1970. A rede nacional é diversificada, explicitando as diferenças regionais do país, desta forma verificamos que as rodovias com melhor conservação, de melhor infraestrutura estão no Sul e SE. Também nestas duas regiões está a maior densidade ferroviária. 

Km DE ESTRADAS POR 100 Km2 EM 1995 

  •  SUL ‐ 814,9 
  • SE ‐ 585,8 

Km DE ESTRADAS POR 100 Km2 EM 1995 

  •  SUL ‐ 814,9 
  • SE ‐ 585,8 
  • NE ‐ 255 
  • CO ‐ 187,6 
  • NORTE ‐ 37,7 

ESTRADAS PAVIMENTADAS POR Km2 EM 1995 NO SUDESTE 

  •  MG ‐ 31,37 
  • SP ‐ 101,94 
  • RJ ‐ 118,11
Em contraposição à realidade do Sudeste encontramos o Amazonas com 0,87 Km de estrada pavimentada por 1000 Km2 . 

No Sudeste estão os melhores trechos de rodovias federais e estaduais duplicadas. A maior densidade no Sudeste deve-se ao maior desenvolvimento técnico-científico da região. 


Km DE RODOVIA POR HABITANTE - POR GRANDE REGIÃO 
  • CO ‐ 21,42 
  • SUL ‐ 19,58 
  • NE ‐ 8,86 
  • NORTE ‐ 8,54 
  • SE ‐ 7,15. 
O histórico das rodovias remonta à necessidade de unir áreas de agricultura e pecuária aos centros de consumo do país. Assim, em 1926, com a construção da 1ª via moderna de transporte rodoviário (Governo de Washington Luís) entre RJ – SP (via Dutra) iniciava-se o processo de rodoviação do Brasil. Esta via era a única pavimentada até 1940. Com seu lema “Governar é construir estradas”, o governo reconhecia a importância das rodovias para criar um mercado nacional. 

Em 1937, com a criação do DNER, a organização e a expansão do setor rodoviário tornou-se política de Estado. Assim, na década de 1950 – impulsionado pela indústria - o transporte rodoviário transformou-se no principal meio de locomoção do país. Atendia o interesse da indústria automobilística e das grandes companhias de petróleo mundial, o Brasil passava a produzir e consumir carros, porém não produzia petróleo. O modelo de transporte adotado colocava o país em situação de dependência em relação ao petróleo e derivados importados. 

Nos dias atuais as rodovias cumprem a função de unir áreas de agricultura e pecuária modernas às agroindústrias, aos centros de consumo nacional e às vias de exportação, logística que no Sudeste é bem mais avançada. No Norte e NE o governo federal é o principal agente na construção e administração das rodovias. 

Para compreender a importância da indústria automobilística para a expansão das rodovias basta-nos verificar que em 1950 havia um automóvel para cada 259,5 habitantes, com enormes disparidades regionais. Em 1996, a relação era de um automóvel para cada 8,16 habitantes.

RELAÇÃO NÚMERO DE HABITANTES E AUTOMÓVEIS 
  • SE ‐ 5,52 
  • SUL ‐ 4,85 
  • CO ‐ 6,22 
  • NE ‐ 17,67
  • NORTE ‐ 17,61

Em 2000, a relação de habitantes por veículo era de 8,4, e atingiu 5,5 em 2011. No período compreendido entre 2004 e 2011, a frota brasileira aumentou 54,8%, totalizando 34,8 milhões de veículos no ano passado, enquanto a população cresceu em ritmo bem menor, de 5,7%, chegando a 192,3 milhões de pessoas em 2011. 

O peso das relações pré-existentes e os níveis de renda relativamente inferiores contribuem para uma maior relação automóvel X habitante nas regiões N e NE. 

Este reflexo verificado no transporte particular também pode ser observado no transporte de passageiros. No NE, a quantidade de linhas intermunicipais é menor que a metade do número de linhas do SE. 

A presença do poder público no sistema de transportes é insuficiente. A presença de capital privado exige uma oferta de consumo mínimo como forma de perspectiva de lucro para as empresas. 

No ano de 2000, o sistema rodoviário respondia por 96% do transporte de passageiros e 62% das mercadorias. A partir desses números podemos entender o motivo do ditado popular o qual afirma que “o Brasil caminha na carroceria do caminhão”. 

Maior caminhão do mundo – Caterpillar 797B 

Quem é dona desta incrível marca é a empresa norte-americana Caterpillar que fabricou o maior caminhão do planeta, desbancando o Terex Titan 33-19 que até então era o dono do título. 

Um detalhe interessante é que o imenso motor a diesel não movimenta o caminhão. Ele serve de fonte de energia (3650-horsepower ou 2723- kilowatt) para dois motores elétricos, que estes sim, tracionam as enormes rodas. Custa apenas 3 milhões de dólares.

A integração regional 

A rodovia conseguiu realizar a integração regional do país. O marco dessa integração foi a construção dos trechos Rio – Bahia (1963) e Régis Bittencourt (BR 116) que ligava as regiões NE, SE e Sul. 

Essas obras refletem a interligação da região litorânea, área de maior densidade demográfica e sede das principais cidades do país. 

O projeto de integração territorial passa também pela construção de Brasília que possibilitou a interiorização com base nas rodovias.

Os grandes projetos rodoviários objetivam: 

- ocupar os vazios demográficos (áreas de baixa densidade demográfica). 

- transferir excedentes populacionais (ligas camponesas NE, flagelados das secas) 

- facilitar a ocupação e a pesquisa mineral 

- integração do Centro-Sul à Amazônia – (Perimetral Norte, Transamazônica) 

- Integrar o transporte fluvial da Bacia Amazônica com o modal rodoviário. 

Mesmo com os grandes projetos desenvolvidos na Amazônia como: de extração mineral, projetos agropecuários e construção de eixos rodoviários, as rodovias ainda continuaram concentradas no Sudeste. As crises do petróleo (1973 e 1979) contribuíram para mostrar a ineficiência dos grandes projetos rodoviários, devido à dependência do país a uma fonte de energia que não éramos auto-suficientes - o petróleo. 

Projeto de interligação do país 

 - Radiais – início 0 (Ex 010) 

- Longitudinais – início 1 (Ex 101) 

- Transversais – início 2 (Ex 272) 

- Diagonais – início 3 (Ex 364) 

- De ligação – início 4 (Ex 425) 

Algumas rodovias que merecem destaque: 

BR 364 – integra o projeto para a saída para o Pacífico possibilitando integrar a região Norte e Centro-Oeste com o mercado do Pacífico. Integra a área de produção de soja do MT o Porto de Porto Velho e deste com a hidrovia do Madeira (Porto Velho – RO a Itacoatiara – AM) 

BR 174 – Manaus – Boa Vista – integra Manaus – Caracas. Saída para os produtos da Zona Franca de Manaus. 

BR 230 – Liga o NE à Amazônia – sem funcionamento em grande parte. 

BR 163 – Trecho Cuiabá – Santarém – trechos sem funcionamento em período de chuva. 

BR 101 e BR 116 – Atravessam as principais áreas econômicas do país. 

BR 277 – Saída ao Atlântico por rodovia para o Paraguai, até o porto de Paranaguá. 

BR 262 – Saída ao Atlântico por rodovia para a Bolívia (via porto de Vitória). Já tem uma saída por ferrovia (noroeste do Brasil) que liga La Paz ao porto de Santos.


PRIVATIZAÇÃO 

1995 – privatização de rodovias por meio de concessões. 

As concessionárias devem: 

- pagamento ao governo; 

- realizar manutenção e melhorias; 

Podem cobrar pedágios. 

10000 km privatizados. 

Aumento de 45% do pedágio no período 1997 a 2001. 

- encarecimento das viagens; 

- aumento dos custos com transporte de cargas. 

Transporte urbano 

- descompasso entre a demanda e a oferta; 

- aumento do transporte informal ou clandestino.  



TRANSPORTE HIDROVIÁRIO 


O transporte hidroviário infelizmente é pouco valorizado no Brasil, apesar da riqueza das nossas bacias hidrográficas, que, em alguns casos, são navegáveis sem nenhuma obra de correção, como ocorre em grande parte das bacia Amazônica. A navegação é em grande parte impossibilitada por causa dos grandes projetos hidrelétricos, tal empecilho poderia ser corrigidos com obras de eclusas, dragagem e aprofundamento do leito dos rios. A negligência com o desenvolvimento das hidrovias foi tanta que, nos anos 1970, construiu-se a rodovia Transamazônica, paralela e relativamente próxima ao rio Amazonas, ou seja, teria sido bem mais eficaz e barato que os recursos despendidos tivessem sidos alocados em uma hidrovia. 

O sistema completo reúne embarcações e toda a interligação estabelecida pelos portos. 

Navegação de Longo Curso 

Demanda de embarcações estrangeiras.

Navegação de Cabotagem 

Principais portos de saída: Torguá e Angra dos Reis (RJ), Tubarão (ES), Aratu (BA) e Natal (RN) – 70% do embarque. 

Principais portos de entrada: São Sebastião e Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES) – mais da metade da carga. 

Loyd Brasileira – empresa de navegação brasileira – entrou em concordata na década de 1980 – falta de investimentos.

Navegação interior 

Na região amazônica o transporte hidroviário é, para a maior parte de sua população, a base do seu diálogo com o país, uma vez que os vínculos aéreos permanecem restritos a uma pequena camada da sociedade. 

Hidrovia Paraná – Paraguai 

Hidrovia Tietê – Paraná – conhecida como hidrovia do Mercosul. 

A partir de 1993 acaba o monopólio estatal e inicia a privatização de alguns portos no país: 

- 1995 – navegação de cabotagem deixa de ser monopólio; 

Navegação fluvial 

Os rios tiveram um papel importante na ocupação do território brasileiro. Através do Tietê, Amazonas e São Francisco, efetuou-se a ocupação de vastas porções do território. Atualmente é o sistema de menor participação no transporte de mercadorias. A navegação fluvial vê-se prejudicada pelo fato de a maior parte dos rios serem de planalto e os rios de planície situarem-se afastados das áreas mais desenvolvidas. Os rios de planalto não impedem definitivamente a navegação, porém sua navegabilidade depende da construção de canais laterais, comportas (eclusas). É o caso da eclusa da Barra Bonita no Tietê, de Jupiá no Paraná, além de outras projetadas.



As bacias de maior importância são

Bacia Amazônica 

Possui percurso navegável de 22.446 km, entre o rio Amazonas e seus afluentes. A navegação do rio Amazonas é internacionalizada até o Porto de Manaus, desde 1867, controlada pela Enasa - Empresa de Navegação da Amazônia S.A. 

Os principais portos estão em Belém e Manaus. 

Bacia do Prata 

Compreende a navegação feita no rio Paraguai, rio Paraná e em alguns afluentes, controlada pelo serviço de navegação da Bacia do Prata (oficial). Cumpre destacar que o transporte fluvial do rio Paraguai é um dos mais importantes do Brasil, pelo valor da carga que por ele é transportada: minérios (ferro e manganês provenientes do Maciço do Urucum), gado, madeira, arroz, cimento, trigo e derivados de petróleo para importação. Seus principais portos no Brasil são: Corumbá e Ladário. 

O rio Paraná tem seu trecho navegável no Brasil no seu alto curso, na divisa de São Paulo e Mato Grosso do Sul, 1.500 km. Transporta trigo, soja, gado e madeira e seus portos principais são: Presidente Epitácio, Panorama e Guaíra. 

Bacia do São Francisco 

Constituída por este rio, desde Juazeiro (Bahia) até Pirapora (Minas Gerais), e alguns afluentes. A navegação é controlada pela Codevasf. 

A articulação do São Francisco ao litoral é feita pela Estrada de Ferro Central do Brasil, de Pirapora ao Rio de Janeiro e pela Viação Férrea Leste Brasileiro, de Juazeiro a Salvador. 

A navegação é facilitada pela Barragem de Três Marias e Eclusa de Sobradinho.

Outras bacias 

De importância restrita, destacam-se os rios Jacuí (RS) e o Rio Doce (MG). 

O rio Tietê tem seu trecho navegável a partir de Barra Bonita. 

Navegação marítima 

Pela posição que o Brasil ocupa no Oceano Atlântico, com um perímetro costeiro de 7.400 km e possuindo a economia voltada para o litoral, era de se esperar que a nossa Marinha Mercante fosse muito desenvolvida. Porém, isso não acontece. Possuímos 376 embarcações, com mais de 100 toneladas, que deslocam 144.000 toneladas. 

Essa Marinha Mercante precária constitui-se num dos pontos de estrangulamento da nossa economia. Vários são os problemas que dificultam o desenvolvimento da Marinha, entre os quais: 

- embarcações velhas (em média 44 anos de uso); 

- deficiência das instalações portuárias; - problemas tarifários; 

- desorganização administrativa. 

O setor de transporte marítimo conta com dois importantes órgãos: 

- a Sunamam: Superintendência Nacional da Marinha Mercante, que tem como objetivo reorganizar o setor; 

- o Geicon: Grupo Executivo da Indústria da Construção Naval, que cuida do Planejamento, da execução e renovação das embarcações. 

Em parte, os problemas estão sendo resolvidos pelo Fundo Portuário Nacional. 

A ampliação de estaleiros, por meio da política da Sunamam deverá solucionar grande parte dos problemas referentes às embarcações, esperando-se, num futuro próximo, a renovação quase total da frota. 

A navegação é feita sob duas modalidades: 

Navegação de longo curso ou internacional.

No Brasil, a navegação de longo curso estava sendo feita pelo Lloyd Brasileiro com cerca de 84 embarcações e pela Fronape (Frota Nacional de Petroleiros) que possui 80 embarcações. 

Atualmente a navegação vive um momento de crise, sendo que a necessidade nacional de navegação é suprida por navios estrangeiros fretados, o que representa importante saída de divisas dos cofres públicos. 

Quanto à Fronape, todo o petróleo bruto e os derivados importados são, praticamente, transportados por esta companhia. 

As principais empresas de navegação de longo curso no Brasil são: Fronape - petróleo e minério de ferro. 

Lloyd Brasileiro - máquinas e produtos agrícolas. 

Docenave - Vale do Rio Doce Navegação S/A - minérios. 

Navegação de cabotagem 

É a navegação que liga os diversos portos brasileiros entre si. Podendo ser feita somente por navios nacionais, segundo dispositivos constitucionais. Porém, devido às deficiências da nossa Marinha Mercante, mais de 50% de tonelagem é transportada por embarcações estrangeiras. 

Entre as principais companhias que exploram esse tipo de navegação, temos: 

- Lloyd ‐ Cia. Costeira de Navegação. 

- Aliança ‐ Cia. Baiana de Navegação. 

- Cia. Paulista de Navegação. 

Portos 

Em grande parte, como já dissemos, as deficiências apresentadas pela nossa Marinha Mercante devem-se às instalações portuárias que são precárias. Dentre os diversos portos marítimos e fluviais, dois podem ser considerados de primeira categoria: Santos e Rio de Janeiro. 

Os maiores portos em carga (tonelagem). 

Ao lado dos portos de múltiplas funções, em virtude de serem escoados produtos variados, existem os portos especializados: 

- Santana (Macapá, AP) - manganês. 

- Areia Branca (RN) - sal marinho. 

- Malhado (Ilhéus, BA) - cacau. 

- Tubarão e Vitória (ES) - ferro de MG. 

- Sepetiba (RJ) - minério de ferro. 

- Itajaí (SC) - pescado. 

- S. Sebastião (SP) - petróleo. 

- S. Francisco do Sul (SC) - madeira. 

- Maceió (AL) - açúcar e petróleo.

- S. Luís – Itaqui (MA) - ferro de Carajás (PA). 

O complexo portuário-industrial de Sepetiba (RJ), inaugurado em maio de 1982, receberá, inicialmente, carvão metalúrgico e energético, destinados ao parque siderúrgico da Região Sudeste. Deverá estar capacitado também para a futura movimentação de minério de ferro, destinado à exportação, designando o movimento desses produtos no ponto do Rio de Janeiro. 

Sepetiba estará destinado à movimentação de granéis e insumos básicos industriais, enquanto o porto do Rio de Janeiro restringir-se-á ao manuseio de cargas mais nobres. 

O porto de Sepetiba articular-se-á com a Ferrovia do Aço, através da malha ferroviária existente, passando por Japeri e Volta Redonda, o que tornará possível o escoamento do minério de ferro de MG. E, através de Itutinga, fará a conexão com a malha ferroviária do Centro-Oeste, permitindo a futura exportação, por Sepetiba, da produção agrícola do cerrado (GO, MG).


Maior navio cargueiro do mundo – Knock Nevis O Super-Petroleiro Knock Nevis, é o maior navio do mundo, sendo assim o mais pesado objeto móvel já construído pelo homem. Depois de inúmeras reformas e mudanças de nome (já foi chamado de Seawise Giant, Happy Giant, Jahre Viking), hoje o Knock Nevis não navega mais. Ele atua como uma Base Flutuante de Armazenamento de Produtos Petrolíferos (ou FSO – Floating Storage and Offloading), pertencente à norueguesa Fred Olsen Production e está atualmente no Qatar para a Maersk Oil.

Poucos portos no mundo podiam receber o Knock Nevis (normalmente ele não atracava no porto, descarregava o petróleo em navios menores) e também devido ao seu grande calado não podia navegar no canal da Mancha, no canal do Panamá ou no canal de Suez. Com um comprimento de mais de 458 m e um calado de quase 30m quando carregado, não podia se aproximar da costa. 

Algumas informações sobre o Knock Nevis: 

O Knock Nevis transportava petróleo do Golfo Pérsico para os Estados Unidos e são necessários alguns deles somente para suprir o consumo diário de petróleo americano. Enquanto um carro faz curva em um raio de 10 metros, o Jahre Viking só consegue fazer curvas em um raio de 3.7 km! Na velocidade máxima, para parar totalmente o Jahre Viking precisa de 10 km! 

Numa comparação entre os sistemas de transportes, tendo por base o gasto de 1 litro de diesel, chega-se ao seguinte modelo: 

1 litro de diesel em embarcações marítimas transporta —— 500 toneladas ( petroleiros e graneleiros) 

1 litro de diesel de avião transporta ——— 150 toneladas 

1 litro de diesel de trem transporta ———— 125 toneladas 

1 litro de diesel de carreta transporta ——— 25 toneladas 

Logo, através desse esquema pretende-se ilustrar que a opção brasileira por transporte de cargas através de rodovias demonstra-se como sendo, o menos viável em termos de gastos energéticos, sem contar os gastos de manutenção. 


TRANSPORTE AÉREO


O Brasil tem hoje 255 aeroportos públicos com código IATA (International Air Transport Association), e dados de 2007 apontavam que o país tinha 2.498 aeroportos e aeródromos (locais sem terminais de passageiros), sendo 739 públicos e 1.759 particulares. Comparando com os números da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO, em inglês), isso significa o segundo maior número de aeroportos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 16.507 locais para pouso e decolagem de aeronaves. 

Ainda com os dados de 2007, um número alarmante: 90% do tráfego aéreo no Brasil era concentrado em apenas 20 aeroportos. Pior ainda, dos 67 maiores aeroportos (operados pela INFRAERO), 70% tinham horários ociosos. Isso significa uma enorme concentração de voos em poucos locais e horários, colocando ineficiências em todo o sistema. Isso se deve ao crescimento desordenado dos voos e da falta de planejamento para a organização dos mesmos. 

Corroborando com estas informações e levando-se em conta um índice mundial que compara o número de passageiros transportados com a quantidade de quilômetros rodados pelas aeronaves, o país aparecia (em 2007) em 16º lugar no ranking mundial. Ficamos atrás de países como Japão, China, Holanda, Austrália e Rússia, que, apesar de terem menos aeroportos, utilizam de maneira muito mais eficaz e distribuída a sua estrutura. 

Outro fator que não contribui para a melhora do setor no Brasil é a grande concentração do mercado. Mais de 80% do mercado de avião doméstica é concentrado em apenas duas empresas. Mesmo com a “guerra” de tarifas, que ocasionou o crescimento em 20% da demanda por voos nacionais em 2009, ainda é pouco frente aos 100 milhões de viagens de ônibus por ano realizadas no Brasil. A expectativa do setor aéreo é que o número de passageiros dobre nos próximos 5 anos, roubando parte do mercado dos ônibus, tentando oferecer preços comparáveis. 

Evidentemente, a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas em 2014 e 2016 animam as empresas. Mas elas dependem da regulamentação do governo e principalmente da infraestrutura dos aeroportos, ainda muito dependentes de Congonhas e sem opções viáveis no curto prazo. Sete grandes aeroportos brasileiros devem receber obras importantes, visando os dois eventos internacionais. 

O fato é que a malha aeroviária brasileira é muito fragmentada: o modelo vigente hoje na aviação brasileira usa quatro aeroportos: Galeão, Brasília, Congonhas e Guarulhos. É um processo de baldeação: quem vem do sul e quer ir para o norte, para em um desses aeroportos e faz uma baldeação. É preciso usar outros hubs (centros) em outras cidades, desafogando o tráfego nas principais cidades, além de tentar ligar as cidades entre si em voos diretos sem escala. 

1927 – início da arrecadação comercial com a criação da Viação Aérea Rio-Grandense (Varig) com a linha Porto Alegre a Rio Grande. Em 1999, o transporte aéreo representava 2,16% do movimento total de passageiros. O elevado preço e o baixo poder aquisitivo explicam o caráter elitista deste transporte. 

O 1º aeroporto a ser privatizado deve ser o de Ribeirão Preto (SP).


Na Amazônia, porém, em virtude do menor desenvolvimento de estradas e ferrovias, das grandes distâncias e da natureza de seu isolamento, é o avião que permite boa parte dos intercâmbios, e ali a aviação regional ganha relevo. Mas essa importância, numa região de baixas densidades demográficas, e dada muito mais pelo número de pontos interligados do que pela espessura dos fluxos. Por isso, se a quantidade de passageiros embarcados em voos regionais está em torno de 10% do SE, o número de cidades vinculadas (sem considerar as capitais nem Tocantins) é de 42 contra 52 da região SE. 

Maior avião de carga do mundo visita o Brasil 

O Antonov An-225 Mriya é um avião cargueiro fabricado na Ucrânia e operado pela Antonov Airlines (também Ucraniana). Ele foi desenvolvido para transportar cargas enormes e pesadas que jamais poderiam ser transportadas por outros aviões de cargas convencionais como o Boeing 747 Large Cargo Freighter, o Antonov An-124 ou o C-5 Galaxy, o mais próximo da capacidade do An-225. Inaugurado em dezembro de 1988, ainda está em plena operação. Ele pousa em chão de terra (com ou sem chuva) e até na neve (incluindo regiões remotas e desérticas da Sibéria). 

Foi utilizado para transportar o ônibus espacial russo Buran. Já esteve no Brasil prestando serviço à Petrobras com uma tripulação de apenas 6 pessoas, consegue carregar até 250 toneladas de carga, que entram por suas portas que medem mais de 4 x 6 metros. Ele vazio pesa quase 300 toneladas. 

A média de um Hercules C 130 utilizado em larga escala no Brasil e vários outros países é de 79 toneladas. Logo, percebe-se que o Antonov na 225 é uma exceção a regra do aviões de carga utilizados no mundo. 

Segue em anexo um texto complementar sobre uma atualidade do assunto: 

Avião de carga da Embraer lançado oficialmente. 

O esperado lançamento pela brasileira EMBRAER do seu projeto de avião de carga marcou durante a LAAD-2009 a data do início de um programa que levará à fabrição KC-390 a partir de 2012 e à sua primeira entrega durante 2015. 

O KC-390 será um avião de carga militar de médio porte, baseado inicialmente no avião de transporte civil EMB-190, ele foi, porém, alvo de grande número de alterações que praticamente o afastaram de modelo de avião comercial. 

O KC-390 terá asa alta, porta traseira para o acesso rápido e facilidade de transporte, juntamente com várias outras capacidades que definem uma aeronave de transporte militar. 

O avião brasileiro terá uma capacidade de transporte ligeiramente superior a vinte toneladas, que é o valor de referência para a mais recente versão do Hércules, o C-130J.

Ele pode ser utilizado como aeronave reabastecedora. Ele poderá transportar viaturas blindadas 6x6 e 8x8, como as que estão presentemente em estudo para futura integração no exército brasileiro. 

O novo avião de transporte da EMBRAER apresenta-se como potencial concorrente para o C-130 (Hércules) da americana Lockeed que, embora continue a ser uma referência, é visto por muitos como projeto antiquado. 

Além do C-130, outras aeronaves são vistas como potenciais competidores. 

O Airbus A-400 tem maiores capacidades, mas o seu enorme custo, poderá servir de incentivo à aquisição de uma maior quantidade de aeronaves, para forças que não tenham necessidade de um raio de operação mais elevado. 

Aeronaves de concepção russa ou chinesa também poderão ser consideradas como potências concorrentes, principalmente porque embora sejam de um nível de preço idêntico, os clientes consideram-nas como potenciais focos de problemas, pois as empresas dessa origem não têm qualquer tradição em termos de capacidade comercial e de apoio pós venda, que é uma das características da EMBRAER. 

Outros modelos de menores dimensões como o Alenia C-27J e o C-295 da EADS também são potenciais concorrentes embora se encontrem noutro segmento de mercado dado tratar-se de aeronaves com capacidade de transporte na casa das 10 toneladas. 

Considerando os potenciais mercados onde o futuro KC-380 se tentará impor, a EMBRAER considera que existe um mercado potencial para cerca de 700 aeronaves do tipo.

CORREDOR DE EXPORTAÇÃO 

Foi estabelecido, por intermédio do Ministério dos Transportes, o programa de corredores de exportação que, melhorando a infraestrutura viária, desde áreas de produção até certos portos selecionados, visam à redução dos custos dos transportes de bens destinados à exportação . Na Amazônia é o avião que permite boa parte dos intercâmbios, e ali a aviação regional ganha relevo. Mas essa importância, numa região de baixas densidades demográficas, e dada muito mais pelo número de pontos interligados do que pela espessura dos fluxos. Por isso, se a quantidade de passageiros embarcados em voos regionais está em torno de 10% do SE, o número de cidades vinculadas (sem considerar as capitais nem Tocantins) é de 42 contra 52 da região SE. 

- Corredor De Exportação do Rio Grande 

Esse corredor destina-se a estimular as exportações de sua área de influência, compostos predominantemente de produtos manufaturados, como calçados e artigos de couro. 

- Corredor de exportação de Paranaguá 

Podem, se relacionar como principais produtos de exportação nesse corredor, o café, o algodão, a soja, o milho, e, potencialmente, o sorgo, a carne, a madeira. As rodovias componentes desse corredor formam um feixe convergente na cidade de Curitiba, de onde parte a estrada de acesso ao porto de Paranaguá. 

- Corredor de exportação de Santos   

A área de influência do Porto de Santos compreende todo o Estado de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. 

Entre os produtos primários de exportação, pelo volume, destacam-se: café, milho, algodão e carne. Também muito variada é a pauta de exportação de produtos manufaturados. 

- Corredor de exportação de Vitória‐Tubarão 

A área de influência desse corredor é formada pelos Estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. 

- Corredor de exportação do Rio Grande 

Esse corredor destina-se a estimular as exportações de sua área de influência, compostos predominantemente de produtos manufaturados, como calçados e artigos de couro. 

- Corredor de exportação de Paranaguá 

Podem, se relacionar como principais produtos de exportação nesse corredor, o café, o algodão, a soja, o milho, e, potencialmente, o sorgo, a carne, a madeira. As rodovias componentes desse corredor formam um feixe convergente na cidade de Curitiba, de onde parte a estrada de acesso ao porto de Paranaguá. 

- Corredor de exportação de Vitória‐Tubarão 

A área de influência desse corredor é formada pelos Estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. 

Esse corredor contempla o Quadrilátero Ferrífero, bem como as áreas com potenciais para a exportação de madeira, carne, cereais, além de outros produtos manufaturados. 

DUTOS 

O transporte dutoviário pode ser dividido em: 

1 - Oleodutos, cujos produtos transportados são em sua grande maioria: petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros. 

2 - Minerodutos, cujos produtos transportados são: Sal-gema, Minério de ferro e Concentrado Fosfático. 

3 - Gasodutos, cujo produto transportado é o gás natural. O Gasoduto Brasil-Bolívia (3150 km de extensão) é um dos maiores do mundo. 

Esta modalidade de transporte vem se revelando como uma das formas mais econômicas de transporte para grandes volumes principalmente de óleo, gás natural e derivados, especialmente quando comparados com os modais rodoviário e ferroviário. 

A ANTT deverá se articular com Agência Nacional de Petróleo - ANP, visando a criação de Cadastro Nacional de Dutovias, eficiente e seguro, que sirva para orientar suas ações e projetos. 

Lembrando que embora o Brasil seja autossuficiente em petróleo (Brand- Bruto), ainda importamos petróleo (light- Refinado). Além dos maiores custos, em comparação com o transporte ferroviário e com o hidroviário, o transporte rodoviário provoca maior poluição atmosférica e agrava os congestionamentos em algumas estradas e nas grandes metrópoles do país. 

O transporte interno, baseado fundamentalmente nas rodovias, demonstra-se ainda mais oneroso pelo estado de conservação das estradas. 

O custo de pavimento é alto e sua qualidade baixíssima: dura em média cinco anos, enquanto nos EUA e na Europa a pavimentação dura em média vinte anos. 

- Novas políticas de transporte 

Criar condições para estabelecer a ligação da área de produção com o mercado consumidor, configurando uma nova estrutura em “bacia de drenagem” por meio de empreendimentos privados. 

A lei da Parceria Público-Privado – (PPP) ira criar condições para aumentar os investimentos em infraestrutura. 

Estamos passando por um processo de modernização das rodovias, com duplicação de vários trechos. 

Prezado estudante, deve ficar claro que a opção brasileira por transporte rodoviário representa um custo quatro vezes mais caro que o ferroviário e quase vinte vezes mais caro que o hidroviário. A enorme primazia do transporte rodoviário acarreta um excessivo gasto de energia, especialmente de petróleo.

   

Projeto CHQAO

Aprovado no Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais do Exército Brasileiro e disposto a passar "bizus" aos irmãos de farda que buscam sua aprovação! Vem comigo, rumo ao Projeto CHQAO!

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