google.com, pub-9626352403045660, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Dinâmica do Mercado de Trabalho

Dinâmica do Mercado de Trabalho

Nas últimas décadas houve uma mudança significativa do mercado de trabalho no Brasil e no mundo. Vamos fazer algumas recordações:


Crise da Polônia na década de 1980 - o presidente do Sindicato Solidariedade, Lech Walesa - comandou os trabalhadores, parou o país e enfrentou o regime socialista.




Microinformática e a automação das linhas de montagem - com as constantes greves de trabalhadores em todo mundo, com greves constantes, as multinacionais substituem os trabalhadores por máquinas - sistemas automatizados que reduzia a quantidade de trabalhadores e exigia novas qualificações.


Grandes avanços científicos e tecnológicos - os grandes avanços alcançados nos laboratórios da indústria da guerra passa a estar disponível para o setor produtivo. A transferência de tecnologia para os países periféricos fazem mudar a lógica produtiva mundial.


Globalização da produção - não se pensa mais em uma produção centralizada, regionalmente constituída, esta deve ser descentralizada em busca das vantagens comparativas.


Instabilidade social e econômica - se há instabilidade política e social, mão-de-obra organizada, sindicatos fortes, governos nacionalistas, as empresas fogem para outras localidades que lhes garantam segurança do investimento e garantias de rentabilidade e exportação dos lucros.


Neoliberalismo - a década de 1980 foi um marco para todas os itens listados anteriormente. Iniciou na Europa com Margareth Tacher e nos EUA com Ronald Regan a política neoliberal. Ainda nessa década verificamos a queda dos regimes militares, com a instauração de novas democracias que buscavam estar alinhadas com o novo pensamento mundial.


O socialismo em crise - e a URSS se desfaz e nasce a Comunidade dos Estados Independentes - CEI. Mikhail Gorbatchev, levou a União Soviética a mudanças políticas, econômicas e sociais. Ciente dos problemas que o país passava, Gorbatchev propôs dois planos: a perestroika (reestruturação) e a glasnost (transparência). Era o inicio de um mundo sem bipolaridade ideológica. Paralelamente a isso o capitalismo se reinventava, com a redução do estado na economia.


O Brasil estava nesse período passando pela redemocratização com a eleição indireta de Tancredo Neves e a promulgação de uma nova constituição.


A economia brasileira marcada por uma estrutura arcaica e falida. No campo observamos a concentração fundiária, injusta e antidemocrática, sujeitando milhares de trabalhadores a condições de trabalho sem garantias sociais. O setor industrial não consegue absorver a mão-de-obra que o campo não libera e os trabalhadores livres que já estão nas cidades. O setor de comércio e serviços passa a ser a tábua de salvação da economia para absorver essa mão-de-obra.


Esse processo de organização do mercado de trabalho, com a concentração dos trabalhadores no setor terciário é um fenômeno comum aos países em desenvolvimento. O setor industrial se desenvolve com uma tecnologia poupadora de mão-de-obra. A agricultura, do mesmo modo, passa por um processo contínuo de modernização e também reduz a necessidade de trabalhadores. O setor de serviços e comércio absorve esses trabalhadores, em postos formais e informais. Gera-se com isso uma economia paralela, a economia informal, gerando subempregos, sem garantias trabalhistas e sociais. Outra característica desse setor e que tem uma média de salário baixa que o setor secundário.


As Transformações no conteúdo do trabalho e nas formas de emprego


Os impactos são sentidos nas transformações que se colocam ao conteúdo do trabalho e no uso das qualificações e nas formas de emprego.


Aos trabalhadores ativos exigem-se novas habilidades, até então pouco exigidas no mercado de trabalho. O perfil desse novo trabalhador exige a capacidade de adaptar-se continuamente, a novas tecnologias de informação e comunicação que são empregadas na produção. Competências, como raciocínio lógico-abstrato, habilidades sociocomunicativas, responsabilidade, disposição para correr riscos e espírito de liderança, passaram a ser demandadas. A destreza em outras línguas (como inglês) e linguagens (como informática) está se tornando pré-requisito para o ingresso e manutenção em um mercado de trabalho estruturado.


Há uma mudança setorial significativa no mercado de trabalho. Alguns setores têm crescimento mais significativo e apresenta mais promissor para a absorção de novos trabalhadores.


Os setores de serviços que mais tendem a crescer nos próximos anos são: 


- Telecomunicações e Informática: neste setor, a tendência é o aumento da exigência quanto à qualificação formal. Na atualidade já tem falta de trabalhadores qualificados. O setor se reorganizou e se viu a redução de postos de trabalho em empresas de grande porte (mil empregados) para gerar novos postos em empresas de menor porte, geralmente nas categorias micro, pequena e média empresas. Com a reorganização do setor o trabalho individual em rede, sem ter que sair de casa, passou a ser uma realidade até então impensada para o modelo de trabalho anterior.


- Comércio: as três categorias do setor (comércio de veículos, motocicletas e combustíveis; atacadista e varejista) empregaram em 1998 um total de 4,5 milhões de pessoas. A expansão deste setor é fortemente ligada à atividade econômica do país. Novos postos de trabalho e a formalização de negócios até então na informalidade fez o comércio expandir a oferta de empregos. Veja a variação no período 2003-2009.  



- Setor Financeiro: o setor apresentou recuperação em 2000 após ser fortemente atingido pela crise de 1999. A presença de investimentos internacionais e a concentração do setor o potencial de emprego voltou a subir. Há incentivos para a expansão do setor.


- Turismo: é um dos campos mais promissores para a geração de empregos e crescimento econômico do país. O potencial econômico tem crescido, pois ampliou o turismo interno com a retomada do crescimento da economia e a inserção de u grande números de famílias na classe média e ainda o Brasil tem divulgado mais o nosso potencial turístico no exterior visando à atração de turistas. Grandes eventos como a realização do Pan-americano, da candidatura para a Copa 2014 e olimpíada 2016. Esses eventos faz com que haja investimentos no setor e a geração de empregos. O turismo conforma uma ampla cadeia produtiva, o turismo repercute em 52 segmentos diferentes da economia e mantém cerca de 5 milhões de empregos, formais e informais.


Observe a distribuição da PEA pelos setores da economia em alguns países.


O Trabalhador Industrial e a Fábrica do Futuro


Com a reorganização do setor produtivo no mundo com a globalização o Brasil necessitou realizar a abertura da economia, iniciado em 1990, o que levou a reestruturação da indústria. A reorganização teve impactos negativos, como a elevação do desemprego e também consequências positivas para a competitividade do país, incluindo a elevação da qualificação dos trabalhadores industriais.


Essa nova realidade exige um trabalhador mais qualificado. A exigência de qualificação atinge principalmente os trabalhadores mais jovens. Para acessar o primeiro emprego o trabalhador tem que demonstrar que tem possibilidade de adaptação / aprendizagem das funções em pouco tempo.


Para o futuro, as principais tendências para o mercado de trabalho são:


- deslocamento das atividades e da mão-de-obra da indústria para os serviços, especialmente para os serviços de apoio às atividades industriais em função das terceirizações;

- declínio do emprego industrial tradicional;

- crescente interdependência da força de trabalho em escala global;

- movimento contínuo em direção à elevação do perfil de escolaridade do trabalhador.


Características do mercado de trabalho atual - 2003 a 2009.


Segundo o IBGE o contingente da população ocupada diminuiu em 1,8%. Em 2008 era 21,7 milhões de pessoas ocupadas já em 2009 caiu para 21,3 milhões, ou seja, uma redução de 398 mil pessoas.


Desse modo, a proporção de pessoas ocupadas com 10 anos ou mais de idade passou de 52,5% em 2008, para 52,1% em 2009 (em 2003 era 50,1%). 


A mudança também foi sentida quando observamos o percentual de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado. Esse item passou de 44,1% em 2008 para 44,7% em 2009 (em 2003 era 39,7%). A formalização da mão-de-obra apresentou um novo recorde na série histórica da pesquisa do IBGE. Isso reflete o momento vivido pela economia nacional, mesmo que a economia global se encontre em crise. O que o governo comemora é que o contingente de trabalhadores que contribuíam para a previdência social também aumentou diminuindo, desse modo, a escalada do déficit da previdência.


Veja as evoluções das taxas de desemprego no período 2002-2011.


Observe agora a média de salário dos trabalhadores do setor privado. Rendimento médio real habitual dos empregados com carteira no setor privado, para o total das seis regiões metropolitanas de 2003 a 2011, em reais - a preços de dez/11

 


A Mulher no Mercado de Trabalho


A inserção da mulher no mercado de trabalho no Brasil é tardia. O reconhecimento dos direitos da mulher como cidadã plena ainda é lento necessitando a intervenção do Estado para garantir os direitos da mulher. Em relação a luta contra a visão social de que a mulher não tem os mesmos direitos estão:


- Lei Nº 7.353, DE 29 DE AGOSTO DE 1985 que criou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM


- Lei Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.


Nas últimas décadas, a inserção das mulheres no mercado de trabalho tornou-se uma realidade. A participação feminina aumentou expressivamente. Em 2011 eram 45,4% na população ocupada (PO). Para as mulheres, esse indicador foi de 40,5% em 2003 passando para 45,3% em 2011. Entre os homens, esse percentual era de 60,8%, passando para 63,4%. Percebe-se um aumento na ocupação das mulheres. A presença feminina também era majoritária na população desocupada (PD) e na população não economicamente ativa (PNEA).


O ingresso da mulher no mercado de trabalho veio associado a transformações nas relações familiares e conjugais. Houve uma redução no número de filhos, o aumento das famílias chefiadas por mulheres – em 1989 representavam 20,1%, em 1999 chegou a 26%.


As mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país, contudo a média de rendimentos é menor que os percebido pelos homens na mesma função. Apesar de estudarem por um período mais longo, obtendo no setor industrial, por exemplo, um ano a mais de escolaridade do que os homens, o diferencial de remuneração persiste elevado.


Analise o gráfico seguinte. 



Vários fatores contribuem para impedir as mulheres de atingirem os mais altos cargos. Essas são barreiras, visíveis e invisíveis, que impedem o acesso aos postos mais bem remunerados. Podemos citar: a feminização de determinadas profissões (professoras primárias, enfermagem) e sua subsequente desvalorização, resistências sociais, a maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas, a falta de massa crítica de mulheres nas organizações, etc.


As empresas estão mudando as suas estratégias de forma a recrutar e reter mulheres qualificadas no emprego. Algumas das mudanças que já são notadas e implementadas:


- diálogo extenso sobre as mudanças necessárias na cultura organizacional (workshops e reuniões dirigidas);

- implementação de políticas para equiparar salários e oportunidades;

- designação de responsáveis pela implementação de mudanças;

- avaliação (quantitativamente e qualitativamente) de progressos em áreas específicas.


A briga que as mulheres precisarão enfrentar para conseguir uma maior igualdade envolve poder. Apesar de já termos uma presidente, a representação no primeiro escalão tem sido ampliada, o setor privado tem uma estratégia diferenciada. Verifica-se que essa guerra por espaço e poder será travada cada vez mais em todas as esferas: políticas, dentro de casa e na empresa.


As principais tendências associadas ao avanço das mulheres no mercado de trabalho são:


- presença das mulheres em áreas e ocupações antes restritas aos homens

- maternidade adiada e um menor número de filhos;

- aumento do padrão de consumo familiar e do investimento em educação;

- crescente reivindicação por igualdade cívica e política.


 Texto Complementar ‐ Informações sobre a mulher no mercado de trabalho 


A participação das mulheres no mercado de trabalho, seu perfil etário e educacional, o contingente feminino no setor público, a jornada de trabalho considerada a escolaridade, o percentual de mulheres que gostaria de trabalhar mais. Esses e outros pontos são levantados pelo IBGE no Dia Internacional da Mulher. O trabalho especial Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas tem como objetivo apresentar um panorama da mulher no mercado de trabalho. As informações usadas provêm da Pesquisa Mensal de Emprego (PME)2009, realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.


35,5% das mulheres tinham carteira de trabalho assinada


Em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%). As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%. Já o percentual de mulheres empregadoras era de 3,6%, pouco mais da metade do percentual verificado na população masculina (7,0%).


61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo


Enquanto 61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo, ou seja, pelo menos o ensino médio completo, para os homens este percentual era de 53,2%. A parcela de mulheres ocupadas com nível superior completo era de 19,6%, também superior ao dos homens (14,2%). Por outro lado, nos grupos de menor escolaridade, a participação dos homens era superior a das mulheres.  


Elas trabalharam 38,9 horas em média


Apesar de desde 2003 ter ocorrido uma redução de aproximadamente 36 minutos na diferença entre a média de horas trabalhadas por homens e mulheres, em 2009 as mulheres continuaram trabalhando, em média, menos que os homens. Cabe esclarecer que essa queda foi ocasionada pela redução na média de horas trabalhadas pelos homens.


As mulheres, em 2009, trabalharam em média 38,9 horas, 4,6 horas a menos que os homens. As mulheres trabalhavam menos que os homens em todos os grupamentos de atividade. Com a exceção das mulheres ocupadas em “Outros Serviços”, as demais atividades apresentaram aumento da média de horas trabalhadas para as mulheres. No grupamento “Administração Pública”, as mulheres trabalharam, em média, 36,4 horas semanais.


Em 2009, as mulheres com 8 a 10 anos de estudo foram as que declararam trabalhar mais horas semanais (39,4 horas). No entanto, aquelas com 11 anos ou mais de estudo foram as que apresentaram a menor diferença na média de horas trabalhadas em relação aos homens, 3,6 horas. Em 2003, esta diferença era de 4,4 horas.


As mulheres com 1 até 3 anos de estudo foram as que apresentaram a maior diferença (7,2 horas) na média de horas trabalhadas, quando comparadas aos homens. Tal realidade é similar à verificada em 2003, quando a diferença era de 7,3 horas.


O número de horas trabalhadas pelas mulheres que possuíam curso superior completo somente ultrapassava ao das que tinham até 3 anos de estudos.


Já as mulheres com 11 anos ou mais de estudo foram as únicas a aumentar a média de horas trabalhadas semanalmente, em todo o mercado de trabalho: de 38,8 horas em 2003 para 39,1 horas em 2009.


O rendimento continua sendo inferior ao dos homens


O rendimento de trabalho das mulheres, estimado em R$ 1.097,93, continua inferior ao dos homens (R$ 1.518,31). Em 2009, comparando a média anual de rendimentos dos homens e das mulheres, verificou-se que as mulheres ganham em torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens. Em 2003, esse percentual era de 70,8%.


Considerando um grupo mais homogêneo, com a mesma escolaridade e do mesmo grupamento de atividade, a diferença entre os rendimentos persiste. Tanto para as pessoas que possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que tinham curso superior completo, os rendimentos da população masculina eram superiores aos da feminina.


Verificou-se que nos diversos grupamentos de atividade econômica, a escolaridade de nível superior não aproxima os rendimentos recebidos por homens e mulheres. Pelo contrário, a diferença acentua-se: no caso do “Comércio”, por exemplo, a diferença de rendimento para a escolaridade de 11 anos ou mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é feita para o nível superior, ela é de R$ 1.653,70 para eles.


No entanto, no grupamento da Construção, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo têm rendimento ligeiramente superior ao dos homens com a mesma escolaridade: elas recebem, em média, R$ 2.007,80, contra R$ 1.917,20 dos homens. 


Aumentou a escolaridade das mulheres que procuram trabalho


Em 2009, entre o 1,057 milhão de mulheres desocupadas e procurando por trabalho, 8,1% tinha nível superior. Houve aumento na escolaridade dessas mulheres, visto que em 2003, em média, 5,0% tinham nível superior. Esse crescimento resulta do aumento da escolaridade de uma forma geral.


O aumento da escolaridade também pode ser verificado em outros níveis. Em 2003, em média, 44,7% das mulheres desocupadas tinham 11 anos ou mais de estudo. Em 2009, essa proporção ultrapassou significativamente a metade da população (59,8%). Verificou-se que a população feminina desocupada é proporcionalmente mais escolarizada que a população feminina acima de 10 anos. Enquanto, em média, 81,2% da população feminina desocupada tinham oito anos ou mais de escolaridade, na população em idade ativa este percentual era de 61,1%.


Cresceu o percentual de mulheres adultas querendo trabalhar


A população feminina desocupada (1,057 milhão de mulheres, em 2009) está muito concentrada no grupo etário entre 25 e 49 anos de idade. Em 2003, as mulheres nesta faixa etária correspondiam a 49,3% da população feminina desocupada. Em 2009, elas já eram mais da metade: 54,2%. Fonte IBGE - 2010.


   

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